sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Oração poderosa à Maria Padilha - chamar alguém, amor






Oração forte para chamar alguém - Lembrando apenas : para as simpatias darem certo, também é necessário que seja para os dois. Somente assim, as pessoas envolvidas podem ser felizes.


Salve Pomba Gira Maria Padilha das sete encruzilhadas! Atrás de mim você (colocar as inicias dele ou dela), vai vir de rastros, apaixonado e manso. Salve Pomba Gira Maria Padilha Rainha das sete encruzilhadas! Dizendo assim: conheço a tua força e o teu poder, te peço que me atenda o seguinte pedido:


Que (colocar as inicias dele ou dela) não coma e não durma, não beba, não trabalhe, não consiga se divertir, que ele fique triste, deprimido e só pensando em mim, se não estiver ao meulado. Que seu corpo queime de desejo e tesão por mim. (colocar as inicias dele ou dela) que seu desejo por mim o deixe cego para outras mulheres. Que nenhum outra consiga fazer com que sinta prazer, somente eu terei esse poder.


Que (colocar as inicias dele ou dela) deixe de vez todas as outras mulheres que tiver na rua, e em casa tome ódio e raiva delas e não procure mais nenhuma outra que não seja eu. Que (colocar as inicias dele ou dela) me procure a todo instante, hoje, agora, desejando estar ao meu lado. E que me tenha em seus pensamentos o tempo todo. Agora com quem estiver, onde estiver ele (colocar as inicias dele ou dela) irá parar, porque o seu pensamento está em mim, ele irá ficar louco de desejo, tesão e ficará muito excitado ao pensar em mim.


Neste momento, peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das sete encruzilhadas, que faça (colocar as inicias dele ou dela), ficar louco de paixão, desejo, tesão e muito excitado por mim. Ele ficará louco de vontade de estar comigo, de me abraçar, me beijar e fazer amor loucamente comigo. E ao deitar, ao acordar, tenha sonhos eróticos comigo, fazendo assim com que se apaixone cada vez mais por mim.


Peço ajuda a ti, minha Rainha Maria Padilha das sete encruzilhadas, que faça (colocar as inicias dele ou dela) me achar linda, me achar gostosa e achar o meu corpo lindo e fique louco por mim, sinta muitos ciúmes também. Que (colocar as inicias dele ou dela) sinta prazer somente por ouvir minha voz. Faça ele sentir por mim um desejo fora do normal, como nunca sentiu por outra e nunca sentirá.


Peço a ti, minha Rainha Maria Padilha das sete encruzilhadas, que me torne uma mulher muito boa de cama, fogosa, atraente, sedutora, sexy. Me dê o poder de conquistar a todos os homens que eu quiser, e que eu leve (colocar as inicias dele ou dela) à loucura, quando estivermos fazendo amor, que ele goze várias vezes e que só de se encostar em mim ele fique louco de tanto desejo e excitação.


Que nós dois possamos fazer amor loucamente, como ele nunca fez com nenhuma outra mulher, que a gente sempre consiga gozar juntos e seja uma explosão de tanto amor, desejo e tesão. Agradeço a você, por estar junto de todos os outros trabalhando a meu favor. Vou divulgar seu nome em troca deste pedido, de trazer (colocar as inicias dele ou dela), muito apaixonado, carinhoso, fiel, romântico e amável comigo.


Obrigado minha Rainha Maria Padilha das sete encruzilhadas, confio em teus poderes e quero que estejas sempre junto de mim, me tornando uma mulher muito linda, jovem, delicada, amada, soberana e querida por todos, como ti. Peço que abra meus caminhos e ajude-me a conseguir tudo que eu quero, principalmente o aor de (colocar as inicias dele ou dela), com urgência e rapidez.


Muito obrigada por tudo. Seja minha guardiã todos os
momentos. E me ajude financeiramente tbm.


Depois terá que divulgar em 7 altares diferentes! Significa, sites diferentes, procure no buscador de preferência.
Não é necessário ficar postando 7 vezes no mesmo lugar, apenas uma vez está de bom tamanho!!!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Omolu


Omolu ou Obaluaê, orixá masculino
das doenças, em especial de pele, e da varíola. Também chamado Abaluaê ou
Omonolu, os dois nomes correspondem às formas jovem e velha de Xampanã, orixá da
varíola e da peste, cujo nome é considerado tabu. Filho de Nanã, Obaluaê ficou
muito doente e fraco e foi por ela abandonado, sendo recolhido e cuidado por
Iemanjá. É representado com o rosto e o corpo cobertos por véus e vestes de
palha e, quando se incorpora, dança em convulsões e tremendo, alquebrado, com
grande sofrimento.
Características: Omolu tem o poder
de enviar e curar doenças epidêmicas e individuais pelo que seu culto apresenta
rígidas normas e proibições, para evitar que se encolerize. Sincretismo: é
identificado com São Lázaro e São Bento. Cores: branco e preto, às vezes
marron. Oferendas: pipoca sem sal, feijão-preto e feijão-fradinho, aberém,
etc. Saudação: Atotô. Dia da semana: segunda-feira.
Omolu - Omulu, orixá
das doenças. Aparece sob duas formas: jovem e forte, como Obaluaiê, e velho e
decrépito, como Omulu. Nos candomblés, é considerado companheiro inseparável de
Ogum (deus da guerra) e de Exu; costuma-se chamá-lo de "homem da encruzilhada".
É um dos orixás mais prestigiados no brasil.
Homenagem a
Omolu
OmoluÉ o orixá da saúde, vibrando
especialmente sobre médicos, enfermeiros, casa de saúde, hospitais e cemitérios;
discordo da idéia de que é uma força negativa ligada á pestes a á
varíola.
Na imensidão daquele
ambiente, onde o silêncio, a paz e tranqüilidade predominam, é que percebemos
quão irrisória é a vida material e quão verdadeira é a vida espiritual: é a
´calunga pequena´, o Reino de Omolu!
Lá verificamos que de
nada valem a inveja, a maledicência, o orgulho, a vaidade, enfim, todas as
fraquezas da matéria.
Naquela morada, onde
todos nós um dia iremos habitar, é que sentimos a força de Omolu, o orixá da
saúde, quer material, quer espiritual. Injustiçado por muitos que o consideram o
´´Deus da Peste``, responde a todos com a sua vibração poderosíssima, protegendo
os doentes, as casas de saúde e os hospitais; dando intuição aos médicos;
restituindo a saúde, caso ainda não seja momento da nossa passagem pois, quando
este chega, mais uma vez obter certo equilíbrio no plano espiritual.
A vós, Omolu, Comandante
Supremo da Calunga Pequena, dirigente de uma das sete linhas da umbanda e sob
cuja orientação trabalha a Falange das Almas, prestamos a nossa homenagem,
pedindo muita proteção e muita energia para nós a para nossos irmãos, e que
todos possam entender a vossa verdadeira grandiosidade!
Hábitat
Calunga
pequena (cemitério )
Sincretismo
São Lázaro.
Vibração
Desobsessão, desencarne
Assuntos
Relacionados
Ssaúde e cirurgias
Atuação
Demandas.
Parte do
Corpo
Circulação e rins
Data
Comemorativa

Dia da
Semana

Fase da
Lua

Essências

Horários mais Favorá-
veis

Cores
Amarelo, preto
Pedras
Ônix , turmalina negra
Metal
Chumbo, mercúrio
Flores
Gerânio branco, cravo e goivo amarelo, acompanhados de
cedrinho verde
Banhos de
descarrego
Alecrim-do-campo, água de arroz
Libação
Água de arroz.
Imantação
Diversas, porém a mais comum é a flor-de-omolu
(pipoca)
Guias
Alternam contas amarelas e
preto.
OSSAIM
Ossaim é o Orixá conhecido nos cultos
afro-brasileiros como o Senhor das ervas litúrgicas e medicinais, sendo por isso
também o Orixá médico que tem poder de curar através das plantas medicinais,
pois todas elas lhe pertencem e, apesar de muitas serem propriedade de alguns
orixás e utilizadas para o ritual dos mesmos, todas são primeiramente de Ossaim.
Ossaim é o Senhor das matas e florestas, ele é habitante assíduo delas,
assim como Oxóssi e Obá. É ele quem tem o domínio sobre as folhas, cascas e
raizes, sendo regente absoluto da Amazônia.
Características: Equilíbrio.
Sincretismo: Santo Onofre e São benedito. Cores: Verde, rosa, azul e
vermelho. Oferendas: milho. Locais: florestas, selvas ou ao pé de uma
árvore. Saudação: Auê Aça Simbolismo: Ramo de folhas com um pássaro
pousado, indicando seus poderes de cura e magia. Dia da semana:
quinta-feira
OXALÁ
Orixá masculino do céu e da criação do
mundo. Também chamado Obatalá e Orixalá, é um dos orixás mais queridos e
respeitados do Brasil, principalmente na Bahia. É filho de Olorum e pai de todos
os orixás; ligou-se apenas a Iemanjá, com quem teve a maioria dos filhos, e a
Nanã, com teve os orixás Iroco, Oxumaré e Obaluaê. Governa, além dos céus,
todos os orixás e, por extensão, a humanidade, que criou com figuras de barro
cozido.
Características: extremamente
pacífico, calmo e tranquilo, Oxalá é sempre o último orixá a se manifestar
durante uma cerimônia. Divindade da criação; poder e proteção. Sincretismo:
habitualmente identificado com Jesus Cristo. Em sua homenagem é realizada a
lavagem das escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador (BA).
Cor: sua cor é o branco. Conta: Branca leitosa. Oferenda: Comida
branca - ebô de milho sem azeite e sem sal e acaçá; conquém, galinha branca,
pombo, cabra. Saudação: Epá Babá Simbolismo: Pedacinhos de marfim dentro
de um anel de chumbo. Instrumentos: Capacete, couraça, e capangas, 1 espada,
1 mão-de-pilão, 1 escudo, 1 polvari. Indumentária: Branca Dia da semana:
é a sexta-feira, pelo que muitos filhos-de-santo vestem roupas brancas neste
dia.
Oxalá/ Oxaguiã
ERVAS
Alecrim de Caboclo
- Erva de Oxalá, porém mais
exigido nas obrigações de Oxóssi. Não possui uso na medicina
popular.Alecrim de Tabuleiro
-
Erva
empregada nas obrigações, nos abô e é um maravilhoso afugentador de larvas
astrais, razão pela qual deve-se usá-lo nos defumadores, quer das casas de
culto. Não possui uso na medicina popular.Alecrim do Campo - Seu uso se restringe a
banhos de limpeza. É muito usado nas defumações de terreiros de Umbanda. Em seu
uso medicinal resolve o reumatismo, aplicado em banhos.
Araçá - As folhas são aplicadas em
quaisquer obrigações de cabeça e nos abô. Usada de igual sorte nos banhos de
purificação. O povo indica esta espécie como um energético adstringente. Cura
desarranjos intestinais e põe fim às cólicas. Usam-se folhas e cascas em
cozimento.
Barba de Velho - Aplicadas em todas as
obrigações de cabeça referentes a qualquer orixá. Usa-se também após as
defumações pessoais feitas após o banho. A medicina caseira indica seu uso
tópico no combate às hemorróidas.
Calistemo Fênico
- É uma extraordinária
mirtácea que entra em qualquer obrigação de cabeça, bori, feitura de santo,
lavagem de contas, tiragem de Zumbi ou tiragem da mão de cabeça. Medicinalmente
é usada em doenças do aparelho respiratório, bronquites, asma e tosses rebeldes.
Aplica-se o chá.
Carnaúba - Só tem aplicação em abô
feito da folha, que basta para cobrir a cabeça e, depois, cobrir-se a cabeça
durante doze horas, fugindo aos raios solares. É fortalecimento da aura e
alimento da cabeça. A vela de cera de carnaúba é a melhor iluminação para o
orixá.
Cinco Folhas - Aplicada em todas as
obrigações de cabeça, nos abô e nos banhos de descarrego. A medicina caseira
indica esta erva como eficaz depurativo do sangue.Colônia - Possui aplicação em todas as
obrigações de cabeça. Indispensável nos abô e nos banhos de limpeza de
filhos-de-santo. Aplicada, também, na tiragem de iaô, para o que se usa o sumo.
Como remédio caseiro põe fim aos males do estômago. Usado como chá (pendão ou
cacho floral).Erva de Bicho - Usada em banhos de
purificação de filhos-de-santo, quaisquer que sejam e que vão submeter-se a
obrigações de santo ou feitura de santo. É positiva a limpeza que realiza e
possante destruidora de fluidos negativos. O povo indica esta planta em
cozimento (chá) a fim de curar afecções renais.Erva de Bicho - Usada em banhos de
purificação de filhos-de-santo, quaisquer que sejam e que vão submeter-se a
obrigações de santo ou feitura de santo. É positiva a limpeza que realiza e
possante destruidora de fluidos negativos. O povo indica esta planta em
cozimento (chá) a fim de curar afecções renais.Golfo de flor branca
-
Planta
aplicada em obrigações de cabeça, ebori e banhos dos filhos de Oxalá. O povo
indica suas raízes como adstringente e narcóticas, mas lavadas, debelam a
disenteria e, as flores, as úlceras e leucorréia.Guaco cheiroso
-
Aplica-se nas obrigações de
cabeça e em banhos de limpeza. Popularmente, esta erva é conhecida como coração
de Jesus. Medicinalmente, combate as tosses rebeldes e alivia bronquites agudas,
usando-se o xarope. Como antiofídico (contra o veneno de cobra), usam-se as
folhas socadas no local e, internamente, o chá forte.
Jasmim do Cabo - Seu uso restringe-se ao
adorno de pejis em jarra ladeando Oxalá. Não possui uso na medicina
popular.
Laranjeira - As flores são aplicadas nas
obrigações de ori. São também indicadas em banhos. Para o povo, o chá desta erva
é um excelente calmante.Lírio do Brejo - Usam-se as folhas e flores
nas obrigações de ori, nos abô e nos banhos de limpeza ou descarrego. O povo
emprega o chá das raízes como estomacal e expectorante.
Narciso dos Jardins
-
Esta
erva é somente usada para o assentamento. A medicina caseira o tem como planta
venenosa.
Noz
de Cola - Erva indispensável nos banhos dos filhos de Oxalá. Para o banho,
rala-se a semente, o obi, misturando-se com água de chuva. A medicina popular
indica esta erva como tônico fortificante do coração. É alimento destacado em
face de diminuir as perdas orgânicas, regulando o sistema nervoso. Patchuli - Erva usada em
todas as obrigações de ori, bori, feitura de santo, lavagem de contas. É parte
dos abô que se aplicam aos filhos-de-santo. A medicina popular indica o patchuli
como possuidor de um principio ativo que é inseticida.
Poejo - Entra em todas as obrigações
de ori de filhos-de-santo, quaisquer que sejam os orixás dos referidos filhos.
Popularmente, atenua os males do aparelho respiratório aconselhando o uso do
cozimento das folhas e ramos. Muito eficaz nas perturbações da digestão,
usando-se o chá.
Rosa Branca - Participa de todas as
obrigações de cabeça. Usa-se, inicialmente, na lavagem do ori, ato preparatório
para feitura. O povo consagrou-a como laxativo branco e aplicável no tratamento
da leucorréia (corrimento) sob forma de lavagens e chá ao mesmo tempo. Como
laxativo, é aplicado o chá.
Saião - Entra em todas as obrigações
de cabeça, quaisquer que sejam os filhos e os orixás. Utilizada também no
sacrifício ritual. Medicinalmente, é utilizada para evitar a intolerância nas
crianças. Dá-se misturado o sumo, com leite. Em qualquer contusão, socam-se as
folhas e coloca-se sobre o machucado, protegido por algodão e gaze. Do pendão
floral ou da flor prepara-se um
excelente xarope que põe fim
a tosses rebeldes e bronquites.
Sangue de Cristo
- Emprega-se em bori, lavagem
de contas e feitura de santo, e usa-se nos abô dos filhos de Oxalá. É conhecido
popularmente como adstringente e tônico geral. Usa-se o chá ou cozimento das
folhas como contraveneno.Umbu - Possui aplicação em todos os
atos da liturgia afro-brasileira, ebori, abô, feitura de santo e lavagens de
cabeça e de contas. Bastante usada com resultados positivos nos abô de ori e nos
banhos de purificação. O povo utiliza suas cascas em cozimento, para lavagens
dos olhos e para pôr fim às moléstias da córnea.
Homenagem a
Oxalá
Pai, vós que
fizestes nascer no chão impuro uma flor alva como vosso manto, para significar a
paz; Vós que ao firmamento destes o azul do amor e o afeto, e que pusestes na
vermelhidão do fogo a magia significativa da eternidade;
Vós que destes
ao Sol os raios quentes e dourados para que cobrissem de riquezas a Terra de
vossos filhos; Vós que cobristes as matas verdes de esperanças e fizestes brotar
do solo o alimento; Vós que, na imensidão das águas do mar, mostrastes a
grandiosidade do vosso poder
Tudo isso e
muito mais fizestes, Pai!
Destes a vida a
um ser inanimado e o chamastes de Homem; Com um só sopro, o fizestes quase à
vossa semelhança, dando-lhe a faculdade de raciocínio e o livre-arbítrio para
escolher uma vida própria.
Só o
desprouvestes de uma coisa, a mais importante, a que todos procuram quando têm
boa vontade, numa luta de muitas vidas consecutivas para assemelharem-se a vós:
a tão grandiosa e almejada perfeição!
Oxalá, meu Pai,
que vós nos deis sempre luz em nossa vida; alento em nossa jornada; paz para
nossos dias e cada vez mais fé em vós, onipotente Pai!
Hábitat

Praia deserta ou
Colina descampada

Sincretismo
Nosso senhor Jesus
Cristo
Vibração
Poder supremo,
assuntos espirituais
Assuntos Relacionados
Todos os trabalhos
positivos
Atuação
Paz
interior
Parte do Corpo
Todo o corpo,
especialmente a parte psíquica.
Data
Comemorativa
25 de
Dezembro
Dia da Semana
Domingo
Fase da Lua
Todas as Fases da
Lua
Essências
Aloés, Almíscar,
Lírio
Horários mais Favoráveis
6:00hs e
18:00hs
Cores
Branco,
dourado
Pedras
Brilhante, Cristal de
rocha, Quartzo leitoso
Metal
Ouro
Flores
Todas as flores
brancas, especialmente os lírios
Banhos de
descarrego
Essência de Aloés (7
Gotas), Tapete de Oxalá
Libação
Mel. Vibra sobre todas
as libações.
Imantação
Canjica Branca. Todas
as imantações têm a vibração de Oxalá. Por uma deferência especial, podemos
ofertar-lhe coisas suaves como flores, essências e incenso queimado sobre
brasas.
Guias
108 Contas brancas,
leitosas ou de Cristal.

OXÓSSI
,Orixá
Masculino da caça e das matas. Filho de Iemanjá, é irmão de Exu e de Ogum.
Simbolizado por um arco e flecha unidos, mantém vivos os animais das matas,
onde vive. Na Umbanda, Oxóssi é considerado o chefe dos caboclos, índios e
boiadeiros. Orixá das matas e amigo inseparável de Ogum, é o representante
da medicina na mitologia africana: para os povos nativos, suas folhas e ervas
medicinais são fontes de saúde. Oxóssi habita nas entranhas das florestas
virgens. É o senhor dos arbustos, protetor de toda a flora. Foi ele quem
inspirou as comunidades nehras na busca do conhecimento de suas origens.
Características: liberdade e
independência, às vezes solidão e individualismo. Sincretismo: em algumas
regiões é identificado com São Jorge; em outras, com São Sebastião. Cor: sua
cor é o azul-claro no candomblé e verde na umbanda. Oferendas: Axoxô, milho
e coco. Locais: matas. Saudação: Oké Arô Odé Simbolismo: Arco e
flecha. Dia da semana: quinta-feira
Homenagem a
Oxossi
OxossiÉ o orixá das matas.
Meu pai Oxossi!
Vós que recebestes de Oxalá o domínio das
matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas
durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia,
para curar de nossos males!
Vós que sois o protetor dos caboclos,
dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem
necessária pra suportarmos as dificuldades a serem superadas!
Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para
que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso
guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de
si um mínimo da fé.
Dai-nos paciências para
suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das
entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais
necessitados!Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões,
todas as calúnias!
Dai-nos coragem para
transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades
para quais, na matéria, não há cura!
Dai-nos força para
repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus
semelhantes!
Dai-nos, enfim, a fossa
proteção e a certeza de que quando um caboclo, num gesto de humildade, baixar
até nós, ali estará a vossa vibração
Hábitat
Mata fechada
Sincretismo
São Sebastião
Vibração
Planos e favores
Assuntos Relacionados
Saúde em geral
Atuação
Forças e energia vital
Parte do Corpo
Problemas respiratórios, pulmões ( bronquite,
asma).
Data
Comemorativa

Dia da Semana

Fase da Lua

Essências

Horários mais Favoráveis

Cores

Pedras
Calcita ( verde), esmeralda, quartzo ferde.
Metal
Bronze. Latão
Flores
Girassol, flor de ipê, verbena
Banhos de
descarrego
Folha de eucalipto, banho de caboclo completo
Libação
Suco de abacaxi, mel com água(curiado), mate, água de
coco.
Imantação
Milho verde, milho em grão, palmito, abacaxi, morango silvestres,
amendoim, coco
Guias
Alternam as cores do
orixá, podendo levar cores adicionais quando ele é aliado a outra
vibração

OXUM
Orixá
feminino das fontes e rios, da beleza e da riqueza. É irmã e esposa de Xangô,
assim como Iansã e Obá. Representada como uma jovem muito bonita e vaidosa,
quando se incorpora dança como se estivesse tomando banho em um rio, penteando
os cabelos e olhando-se ao espelho; sacode os braços para ouvir tilintar os
braceletes. Tem também uma dança guerreira. Rege também a fertilidade das
mulheres e a riqueza.
Características: além da graça e
beleza, são suavidade, gentileza, jovialidade e uma sensualidade intensa, mas
discreta. Sincretismo: é sincretizada com diversas santas católicas, entre
as quais Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Conceição e a Virgem
Maria. Cor: amarelo-ouro. Oferendas: ovos, abará, ipetê, banana,
canjica, xinxim, omolucum. Locais: rios ou nascentes. Saudação: Ora
Ieiê. Simbolismo: espelho, abebé com estrela. Dia da semana:
sábado.
Tem várias formas, com diferentes
idades e seu oxé é o seixo.
Homenagem a Oxum
OxumÉ a mãe das águas
doces.
Num dia qualquer de minha
vida, sem real porquê, sentado numa pedra, fiquei a contemplar as cascata que
despreocupadamente deixava sua água rolarem num torvelinho cristalino; e invejei
a natureza por ser dádiva divina. Foi então que se fez presente, forma de
mulher, uma figura bela, de olhar tranqüilo e profundo como mais misterioso
lago. Vestida de azul com reflexos celestiais, ela se aproximou de mim, dizendo
que a cachoeira que eu estava ali a admirar, nada mais era do que o véu puro que
encortinava sua morada.
Chorei de emoção ao
ouvir-lhe a voz. Ela, porém, num gesto muito terno, ofereceu-me a ponta do seu
manto, para que enxugasse meu pranto. Sem ousar olhá-la, beijei com gratidão a
fímbria de sua veste, e nessa humildade encontrei a minha verdade.
Fui banhado então, não
pelas águas da cachoeira, mas sim por pétalas de rosas que, com seus fluidos,
fizeram-me renascer para a vida e para o amor, extirpando do meu ser todas as
amarguras, fazendo-me ver nas desventuras apenas sombras fenecidas. Flamejante,
senti a força de sua luz que iluminou um novo caminho, um caminho melhor, sem
mágoas e sem espinhos que, para gáudio meu, era um tapete florido de minha
existência, que percorreria compassos seguros sem temer, guiado por sua mão.
Repentinamente a bruma da incerteza se esvaiu, dando passagem a uma visão futura
com que fiquei atônito, ao ver a mim mesmo.
Uma concha dourada
entreabria-se deixando que eu entrasse nela; atrás de mim, apenas restavam
folhas caídas de passado outono. Elas cobriam todos os dissabores, a inveja, a
calúnia e até mesmo as pessoas que foram falsas amigas. Á minha frente lá estava
ela, tão divina, tão graciosa na leveza de seus encantos. Foi então que ao
encontra-la., Mamãe Oxum, encontrei a mim mesmo, pois dentro de meu ser somente
existe lugar para o amor e a harmonia.
E, mais uma vez, bendigo
tê-la achado, minha mãe, Divina Oxum
Hábitat
Cachoeira, rios, córregos e
lagos
Sincretismo
Nossa
senhora da conceição
Vibração
Paciência, perseverança.
Assuntos Relacionados
Problemas
sentimentias
Atuação
Vibração
Parte do Corpo
Nas mulheres, útero e ovários;
Nos homens, coluna
vertebral.
Data
Comemorativa
08 de
Dezembro
Dia da Semana
Sábado
Fase da Lua
6o dia da
Lua Minguante
Essências
Angélica,
Jasmin, Valenciana
Horários mais Favoráveis
06:00 as
08:00 - Para problemas efetivos
18:00 as
20:00 - Para futuras uniões e dinheiro
Cores
Branco,
azul-claro, amarelo
Pedras
Turquesa,
Safira, Jade Azul, Sodalita, Pérola.
Metal
Prata,
alumínio.
Flores
Rosas
amarelas, crisântemos amarelos, gardênias.
Banhos de
descarrego
Rosa amarela,
colônia, funcho, erva-doce, erva-cidreira.
Libação
Água
mineral, champagne, suco de cenoura, pêssego, ameixa
amarelas,
Imantação
Feijão-fradinho, creme de farinha de arroz, ovos cozidos
duros, ameixas amarelas, carambolas, laranjas.
Guias
Alternam
entre as cores azul e
branca.
OXUMARÉ
Orixá
masculino e feminino do arco-íris e das chuvas.É filho de Nanã e passa metade do
ano na forma masculina e a outra metade na forma feminina, quando é chamado
Bessém. É representado por uma serpente, pois na África o arco-íris é
mitologicamente descrito como uma grande serpente das águas que se eleva até o
céu. Quando incorpora, dança apontando alternadamente para o céu e para a
terra, revelando a dualidade característica do orixá. Rege o bom tempo,
enviando as chuvas na quantidade ideal para a lavoura.
Características: a mutação e
renovação constantes também são características de Oxumaré, além da dualidade.
Sincretismo: é identificado a São Bartolomeu. Cores: são o verde e
amarelo ou todas as cores do arco-íris. Oferendas: secas - milho branco,
acarajé, paçoca, coco, mel, feijão, ovos e dendê; outras - azeite, camarões,
cebola, acaçá. Locais: como Oxum, recebe as oferendas nas cachoeiras.
Saudação: Ru Boboi Dan Simbolismo: Tridente com uma cobra, Arco-íris.
Dia da semana: segunda-feira e para outros terça-feira.

XANGÔ
Divindade do culto afro-brasileiro, um dos
orixás mais destacados do candomblé. Orixá masculino das tempestades, dos
trovões, dos raios e da justiça. Segundo a tradição oral, teria sido o quarto
rei de Oyó, capital do antigo império ioruba. Filho de Iemanjá, foi casado com
Iansã, com Oxum e com Obá. É representado com um rei poderoso que distribui
justiça, com um machado de duas lâminas nas mãos.
Características: força, retidão,
orgulho, autoritarismo, sensualidade e, quando contrariado, violência.
Sincretismo: no sincretismo afro-católico, aparece como São Jerônimo,
possivelmente devido ao leão que acompanha a imagem do santo, animal simbólico
da realeza entre os iorubas. Também aparece como Santa Bárbara, protetora contra
as tempestades, e como São Jorge, devido à espada que acompanha a imagem do
santo, que é identificada à insígnia do orixá, o oxé, machadinha de lâmina
dupla. São Pedro e São Miguel. Cores: vermelho e branco no candomblé e
marrom na umbanda. Oferendas: sua comida-de-santo é galo, bode, cágado,
carneiro e caruru de quiabos (amalá). Locais: pedreiras ou pedra em beira de
cachoeira. Saudação: Kabiencille Xangô Simbolismo: oché - machado de 2
lados. Dia da semana: quarta-feira e para outros terça-feira, sendo a festa
anual celebrada a 24 de junho ou 30 de
setembro.
Homenagem a Xangô
XangôÉ o
orixá da justiça
Procurando
refugiar-se de súbito temporal, corre por entre a misteriosa mata o desorientado
andante.
As nuvens
negras, o céu ameaçador incutem naquele ser um sentimento de temor; porém
depara-se com uma abertura na rocha, que lhe servirá de abrigo e
proteção.
As belas pontas
de cristal, que em forma de pingentes caem do teto, formam figuras
representativas, a ornamentarem um ambiente fantástico e de verdadeiro
encantamento: é a morada de nosso Pai Xangô
Diversas são as
passagens que levam a ele, que faz da mais alta pedra seu trono, coberto de
ametista com reflexos amarelos que, banhadas pela luz de seus fluidos, tornam-se
mais esplendorosas.
Porém, antes
tão deslumbrante cenário criado pela original natureza, o andante vê, sentado
pacificamente, um ancião forte , de cabelos de cabelos ralos e longos, que a
neve do tempo branqueou. De olhar plácido e contemplativo, observa seus filhos a
distância, julgando com justiça seus atos. Deitado a seus pés, submisso, o mais
feroz dos animais: o bravio leão.
É Xangô que,
enérgico e ao mesmo tempo dócil, justiça espiritualizada, pacificação dos
homens, amor no desamor, harmonia entre a desarmonia, nos dá a paz até a ele
chegarmos um dia
Horários mais Favoráveis

10:00 as
13:00 - Benefícios bancários, compras e vendas
19:00 as
21:00 - Concordância entre profissionais

Cores
Na vibração pura: Marrom e
Amarelo
Na vibração Oriental: Amarelo e
roxo
Pedras
jaspe,
topázio marrom, cornalina.
Metal
estanho,
molidênio
Flores
saudade,
violeta, cravos amarelos, palmas amarelas
Banhos de
descarrego
saião,
levante, quebra-pedra
Libação
sumo de
saião, levedo de cerveja misturado com xarope de açúcar queimado
amargo.
Imantação
quiabo,
saião, feijão-fradinho
Guias
alternam as
da vibração específica: marrom e amarelo ( puro) no amarelo e roxo ( oriente
)

Os Orixás

Origem
A Umbanda tem
origens variadas (dependendo da vertente que a pratica).
Em
meio as festas nas senzalas os negros escravos comemoravam os Orixás por meio
dos Santos Católicos. Nessas festas eles incorporavam seus Orixás, mas também
começaram a incorporar os espíritos ditos ancestrais, como os Pretos-Velhos ou
Pais Velhos (espíritos de ancestrais, sejam de antigos Babalaôs, Babalorixás,
Yalorixás e antigos "Pais e Mães de Senzala": escravos mais velhos que
sobreviveram à senzala e que, em vida, eram conselheiros e sabiam as antigas
artes da religião da distante África), que iniciaram a ajuda espiritual e o
alívio do sofrimento material daqueles que estavam no cativeiro.
Embora houvesse uma certa resistência por parte de alguns,
pois consideravam os espíritos incorporados dos Pretos-Velhos como Eguns
(espírito de pessoas que já morreram e não são cultuados no candomblé), também
houve admiração e devoção.
Com
os escravos foragidos, forros e libertados pelas leis do Ventre Livre,
Sexagenário e posteriormente a Lei Áurea, começou-se a montagem das tendas,
posteriormente terreiros.
Em
alguns Candomblés também começaram a incorporar Caboclos (índios das terras
brasileiras como Pajés e Caciques) que foram elevados à categoria de ancestral e
passaram a ser louvados. O exemplo disso são os ditos "Candomblés de Caboclo".
Muito comuns no norte e nordeste do Brasil até hoje.
No
início do sec. XX com o surgimento da Umbanda, esta que muitas vezes era
realizada nas praias começou a ser conhecida pelo termo macumba, pois macumba
nada mais é que um determinado tipo de madeira usada para produzir o atabaque
usado durante as giras; por ser um instrumento musical, as pessoas referiam-se
da seguinte forma: "Estão batendo a macumba na praia", ficando então conhecidas
as giras como macumbas ou culto Omoloko. Com o passar do tempo, tudo que
envolvia algo que não se enquadrava nos ensinamentos impostos pelo catolicismo,
protestantismo, judaísmo, etc, era considerado macumba. Com isso, acabou por
virar um termo pejorativo.
A
mais antiga referência literária e denotativa ao termo Umbanda é de Heli
Chaterlain, Contos Populares de Angola, de 1889. Lá aparece a referência à
palavra Umbanda.
Umbanda:
A origem do vocábulo está na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena
Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a
unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras
A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta
O). É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade
(sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de
Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais
sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que
começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. Já a palavra Bandha,
também de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura,
sujeição, escravidão. A vida nesta terra. Assim, analisando as duas palavras,
podemos definir a Umbanda como sendo o elo de ligação entre os planos divino e
terreno. Infelizmente, na época da revelação da Umbanda em terras brasileiras,
não houve a preocupação em se manter a integridade do vocábulo. A palavra
mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como
Umbanda.
Com
o passar do tempo as pessoas foram agregando metodologias, vocábulos e detalhes
de praticas provindas de outras religiões como candomblé, por exemplo. Esta
fusão vem distanciando a verdaeira Umbanda dos seus fundamentos iniciais. Hoje
ouve-se falar de Umbandomble (mistura de umbanda com candomblé) e outras
"umbandas" como descrito abaixo, mas a verdadeira Umbanda, aquela nascida no
Brasil em 1908 ainda continua sendo praticada em muitos terreiros e em casas
nesse pais.
A
incorporação de guias também ocorreu em outras religiões como no Candomblé de
Caboclos ( desde de 1865 - as primeiras manifestações de Caboclos, Boiadeiros,
Marinheiros, Crianças e Pretos-velhos aconteceram dentro do Candomblé de
Caboclos ), no Catimbó e no Espiritismo.
Uma
das versões mais aceitas popularmente, mas não cientificamente, pois não existe
documentação da época para corroborá-la, é a sobre o médium Zélio Fernandino de
Moraes.
Diz
essa versão que Zélio, em 15 de novembro de 1908, acometido de doença
mistériosa, teria sido levado a Federação Espírita de Niterói e, em determinado
momento das trabalhos da sessão Espírita manifestaram-se em Zélio espíritos que
diziam ser de índio e escravo. O dirigente da Mesa pediu que se retirassem, por
acreditar que não passavam de espíritos atrasados (sem doutrina). Mais tarde,
naquela noite, os espíritos se nomearam como Cabloco das 7 Encruzilhadas e Pai
Antônio.
Devido a hostilidade e a forma como foram tratados (como
espíritos atrasados por se manifestarem como índio e um negro escravo). Essas
entidades resolveram iniciar uma nova froma de culto, em que qualquer espírito
tudesse trabalhar.
No
dia seguinte, dia 16 de novembro, as entidades começaram a atender na residência
de Zélio todos àqueles que necessitavam, e, posteriormente, fundaram a Tenda
espírita Nossa Senhora da Piedade.
Essa nova forma de religião inicialmente foi chamada de
Alabanda, mas acabou tomando o nome de Umbanda. Uma religião sem preconceitos
que acolheria a todos que a procurassem: encarnados e desencarnados, em todas
bandas.
Zélio foi o precursor de um "trabalho Umbandista Básico"
(voltado à caridade assistencial, sem cobrança e sem fazer o mal e priorizando o
bem), uma forma "básica de culto" (muito simples), mas aberta à junção das
formas já existentes (ao próprio Candomblé nos cultos Nagôs e Bantos, que deram
origem às religioes mais africanas - Umbanda Omoloko, Umbanda de pretos-velhos-;
ou aquelas formas mais vinculadas à Doutrina Espírita - Umbanda Branca-; ou
aquelas formas oriundas da Pajelança do índio brasileiro - Umbanda de Caboclo -;
ou mesmo formas mescladas com o esoterismo de Papus - Gérard Anaclet Vincent
Encausse -, esoterismo teosófico de Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891), de
Joseph Alexandre Saint-Yves d´Alveydre - Umbanda Esotérica, Umbanda Iniciática,
entre outras) que foram se mesclando e originando diversas correntes ou
ramificações da Umbanda com suas próprias doutrinas, ritos, preceitos, cultura e
características próprias dentro ou inerentes à prática de seus
fundamentos.
Hoje temos várias religiões com o nome "Umbanda" ( Linhas
Doutrinárias ) que guardam raízes muito fortes das bases iniciais, e outras, que
se absorveram características de outras religiões, mas que mantém a mesma
essência nos objetivos de prestar a caridade, com humildade, respeito e
fé.
Alguns exemplos
dessas ramificações são:
Umbanda
Popular - Que era praticada antes de Zélio e conhecida como Macumbas ou Candomblés
de Caboclos; onde podemos encontrar um forte sincretismo - Santos Católicos
associados aos Orixas Africanos;
Umbanda
tradicional - Oriunda de Zélio Fernandino de Moraes;
Umbanda Branca e/ou de
Mesa - Nesse tipo de Umbanda, em grande parte, não encontramos elementos
Africanos - Orixás -, nem o trabalho dos Exus e Pomba-giras, ou a utilização de
elementos como atabaques, fumo, imagens e bebidas. Essa linha doutrinaria se
prende mais ao trabalho de guias como caboclos, pretos-velhos e crianças. Também
podemos encontrar a utilização de livros espíritas como fonte doutrinária;
Umbanda
Omolokô - Trazida da África pelo Tatá Trancredo da Silva Pinto. Onde encontramos um
misto entre o culto dos Orixás e o trabalho direcionado dos Guias;
Umbanda Traçada ou
Umbandomblé -
Onde existe uma diferenciação entre Umbanda e Candomblé, mas o mesmo sacerdote
ora vira para a Umbanda, ora vira para o candomblé em sessoes diferenciadas. Não
é feito tudo ao mesmo tempo. As sessões são feitas em dias e horários
diferentes;
Umbanda Esotérica - É diferenciada entre
alguns segmentos oriundos de Oliveira Magno, Emanuel Zespo e o W. W. da Matta
(Mestre Yapacany), em que intitulam a Umbanda como a Aumbhandan: "conjunto de
leis divinas";
Umbanda
Iniciática - É
derivada da Umbanda Esotérica e foi fundamentada pelo Mestre Rivas Neto (Escola
de Síntese conduzida por Yamunisiddha Arhapiagha), onde há a busca de uma
convergência doutrinária (sete ritos), e o alcance do Ombhandhum, o Ponto de
Convergência e Síntese. Existe uma grande influência Oriental, principalmente em
termos de mantras indianos e utilização do sanscrito;
Umbanda de
Caboclo
- influência do cultura indígina
brasileira com seu foco principal nos guias conhecidos como "Caboclos";
Umbanda de
pretos-velhos - influência da cultura Africana, onde podemos encontrar elementos
sincréticos, o culto aos Orixás, e onde o comando e feito pelos pretos-velhos;
Outras formas existem, mas não têm uma
denominação apropriada. Se diferenciam das outras formas de Umbanda por diversos
aspectos peculiares, mas que ainda não foram classificadas com um adjetivo
apropriado para ser colocado depois da palavra Umbanda.

EXU

Figura
muito popular e controvertida do panteão afro-brasileiro. No candomblé, é
considerado, em algumas casas, um orixá e em outras, não, mas todas atribuem-lhe
a função de mensageiro dos orixás, responsável por levar os pedidos dos homens
às divindades e traduzir-lhes as respostas. Transita tanto pelo mundo
material (ayé) quanto pela região do sobrenatural (orum). É considerado o
mais humano dos orixás por interferir nas ocorrências práticas e mundanas.
Atribuem-lhe freqüentes interferências maléficas na vida prática e
espiritual.
Características: afinidade
com dinheiro e ganhos materiais, sexualidade exacerbada, irreverência e,
principalmente, beligerância indiscriminada. Sincretismo: na umbanda e no
folclore é considerado a personificação do Mal, identificado com o Diabo
cristão. Cores: o preto e vermelho; Oferendas: no candomblé é
homenageado antes dos orixás e quase todos os tipos de comida-de-santo lhe são
oferecidas, sendo a mais comum farofa com azeite-de-dendê e pimenta, pinga,
charutos e o sacrifício de um galo ou bode pretos. Locais: seus locais são
as encruzilhadas, passagens, rotas, esquinas e portas; Saudação: Laroiê
Simbolismo: Ogó (pênis de madeira, com búzios pendurados simbolizando o
sêmen). Dia da semana: segunda-feira
O aspecto feminino
de Exu é a Pomba-Gira, que se destaca pelo humor, volúpia e sensualidade
(cabelos soltos, saias rodadas, flores na cabeça, dança frenética).
LENDAS DE
EXÚ
I
Exú sempre foi o mais alegre e
comunicativo de todos os orixás. Olorun, quando o criou, deu-lhe, entre outras
funções, a de comunicador e elemento de ligação entre tudo o que existe. Por
isso, nas festas que se realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava,
para trazer alegria e animação a todos.
Sempre foi assim, até que um dia os
orixás acharam que o som dos tambores e dos cânticos estavam muito altos, e que
não ficava bem tanta agitação.
Então, eles pediram a Exú, que
parasse com aquela actividade barulhenta, para que a paz voltasse a
reinar.
Assim foi feito, e Exú nunca mais
tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos.
Um belo dia, numa dessas festas, os
orixás começaram a sentir falta da alegria que a música trazia. As cerimônias
ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores.
Novamente, eles se reuniram e
resolveram pedir a Exú que voltasse a animar as festas, pois elas estavam muito
sem vida.
Exú negou-se a fazê-lo, pois havia
ficado muito ofendido quando sua animação fora censurada, mas prometeu que daria
essa função para a primeira pessoa que encontrasse.
Logo apareceu um homem, de nome
Ogan. Exú confiou-lhe a missão de tocar tambores e entoar cânticos para animar
todas as festividades dos orixás. E, daquele dia em diante, os homens que
exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros pais e denominados
Ogans.
II
EXÚ – Um Orishá Muito Polémico
Por Ìyá Sandra Medeiros
Epega
Atoto arere. Ifá fe f'oun e
dake.
Orunmilá e Exú eram amigos, mas
disputavam entre si o poder.
Houve uma guerra na cidade de Ajala
Eremi. Tendo isso chegado ao conhecimento de Exú, por seus seguidores que
invocavam-no e pediam a sua ajuda, ele correu a Orunmilá para contar a novidade.
Orunmilá ficou curioso de saber
como Exú já sabia da guerra, uma vez que a cidade era longe e parcos os
recursos.
Exú, muito vaidoso, disse saber
tudo, em virtude de seus poderes, e completou - "Vamos lá salvá-los".
Viajaram juntos, e chegando à Ajala
Eremi, ajudaram o povo a vencer a guerra, e foram reverenciados e louvados.
Na volta, Exú disse a Orunmilá -
"Você vai ver, a minha magia é maior que a sua".
Orunmilá riu, disse que seus
poderes eram bem maiores, e disse também:
"Ki okunrin ma to ato rin
Ki obinrin ma to ato rin
Ki awo eni ti aso re yio rin".
"O homem fica em pé e urina andando
A mulher fica em pé e urina andando
Vamos ver a roupa de quem fica
molhada primeiro".
Com essas palavras ele desafiou
Exú.
Caminharam muito até que anoiteceu,
e pararam em Ileto (pequena cidade baale - aldeia pobre). Orunmilá pediu aos
mais velhos pousada por uma noite para ambos.
O Rei permitiu que dormissem e
determinou em que casa ficariam. No meio da noite, estando Orunmilá dormindo,
Exú acordou bruscamente.
Exu saiu para o pátio, foi ao local
onde as galinhas dormiam, agarrou o galo pelos pés, torceu-lhe o pescoço,
arrancou-lhe a cabeça e enfiou no bolso. Fez uma ótima e solitária refeição com
a carne e alguns inhames, pimentas, tomates e cebolas que achou nos campos,
temperou tudo com óleo dendê, bebeu vinho de palma e completou com litros e
litros de água fresca.
Voltando à casa, chamou Orunmilá, e
disse -" Vamos embora depressa". Orunmilá acordou estremunhado, e ainda tonto,
achou que era de manhã, e seguiu com Exú pela estrada como bons amigos.
Em Ileto, assim que amanheceu,
descobriram a morte do galo, a fuga dos hóspedes e o povo, revoltado, decidiu
persegui-los. Juntaram os Ode (soldados). Correram atrás de Exú e Orunmilá e
alguém lembrou que Exú usava uma roupa de búzios (símbolo de magia).
Exú sabia que o povo de Ileto e os
soldados vinham em sua perseguição. Olhava para trás e ria. Falou a Orunmilá -"O
povo vem aí, traz lanças, facas e soldados. Mostre a força de sua magia agora".
Orunmilá, sempre muito calmo, disse a Exú -"A mim não pegam. Eu adivinho que
você matou o galo e comeu-o, porque o sangue pinga de seu bolso". E disse "A ki
gbo iku a fibi oba sa". ("Não se pode ter má notícia da terra. Ela não morre".)
Depois de proferir estas palavras
mágicas, Orunmilá disse a Exú:
-"Agora você dá a solução".
Exú sugeriu que subissem em uma
árvore sagrada (ikin), de cuja madeira são feitos instrumentos para o culto, e
esperassem para ver os Ode passarem. Os soldados e o povo viram o sangue, e
revistando a árvore acharam Exú lá em cima, junto com Orunmilá. Alguns ficaram
de guarda à árvore, enquanto outros foram buscar machados e facões para
derrubá-la.
Quando começaram a cortar a árvore,
Exú riu e disse a Orunmilá:
- "É agora! Vamos cair os dois,
faça a sua magia, eu faço a minha e veremos qual o poder maior".
A árvore caiu. Orunmilá se enterrou
no chão e virou água. Exú bateu no chão e virou pedra.
O povo e os Ode procuraram e não
acharam ninguém. O lugar virou uma grande confusão, com todos gritando e se
acusando mutuamente.
Os que estavam sedentos, viram a
água que era Orunmilá, beberam dela e se acalmaram.
Os que estavam cansados sentaram na
pedra que era Exú e ficaram agitados.
E daí para a frente, dois tipos de
pessoas se criaram no mundo, os calmos e os agitados. E todos que jogam Ifá
(antigo sistema yorubá de adivinhação), têm que cultuar Exú e
Orunmilá.
III
Exu foi o primeiro filho de Iemanjá
e Oxalá. Ele era muito levado e gostava de fazer brincadeiras com todo
mundo.Tantas fez que foi expulso de casa. Saiu vagando pelo mundo, e então o
país ficou na miséria, assolado por secas e epidemias. O povo consultou Ifá, que
respondeu que Exu estava zangado porque ninguém se lembrava dele nas festas; e
ensinou que,para qualquer ritual dar certo, seria preciso oferecer primeiro um
agrado a Exu. Desde então, Exu recebe oferendas antes de todos, mas tem que
obedecer aos outros Orixás, para não voltar a fazer tolices.
IV
Um homem rico tinha uma grande
criação de galinhas. Certa vez, chamou um pintinho muito travesso de Exu,
acrescentando vários xingamentos. Para se vingar, Exu fez com que o pinto se
tornasse muito violento. Depois que se tornou galo, ele não deixava nenhum outro
macho sossegado no galinheiro: feria e matava todos os que o senhor comprava.
Com o tempo, o senhor foi perdendo a criação e ficou pobre. Então, perguntou a
um babalaô o que estava acontecendo. O sacerdote explicou que era uma vingança
de Exu e que ele precisaria fazer um ebó pedindo perdão ao Orixá. Amedrontado, o
senhor fez a oferenda necessária e o galo se tornou calmo, permitindo que ele
recuperasse a produção.

IANSÃ
Orixá feminino
iorubano, associado aos ventos fortes e tempestades. É também conhecida no
Brasil por Oiá, tal como se chama na África a deusa do rio Oiá (Níger), sua
forma original. Segundo as lendas, foi mulher de Ogum e trocou-o por Xangô,
mas sem romper totalmente os laços com Ogum. É representada como uma rainha
guerreira, com uma espada em punho. Muito corajosa, é o único orixá capaz de
enfrentar os eguns, espíritos dos mortos.
Características: temperamento forte, passional e
autoritário, ao mesmo tempo agressivo e feliz, uma de suas características mais
marcantes é a sensualidade irrefreada. Sincretismo: identificada pelos
afro-brasileiros como Santa Bárbara, tornou-se protetora contra os raios e
tormentas. Cores: suas cores são o vermelho e o branco, ou o roxo.
Oferendas: come acarajé e abará, e detesta abóbora. Sacrificam-lhe cabras e
galinhas. Locais: margem de rios, ventania. Saudação: Epahei.
Simbolismo: Chicote (Eruexim), Raio-Zambembe, espada curta - Abebé, raio.
Dia da semana: quarta-feira, também dia de xangô, o deus dos trovões.
Festejada dentro e fora dos candomblés a 4 de dezembro. Para outros terça-feira.
É muito popular entre
as mulheres dos candomblés, sendo escolhida para santa das mais inquietas e de
vida sexual mais ativa.
Homenagem a
Iansã
Iansã, Grande Senhora.
Rainha do Tempo e do Vento:
Quem, dentro de um
terreiro de Umbanda, não vibrou com a vossa Vibração?
Quem não sentiu seu
fuido poderoso, revigorando o Corpo fisico?
Quem, no embalo de
vossos cânticos, não encontrou nova energia para lutar e vencer as
dificuldades?
Iansã, Grande Senhora,
rainha do tempo e do vento, que com vossa majestosa vibração protegeis a todos
nós!
Quando a tempestade se
aproxima, o vento sopra forte aumentando a vibração e a trovoada se faz ouvir,
acelerando nossos corações, a Grande Iansã está presente; e quando caem as
primeiras gotas de chuva, uma vontade imensa de saudar a natureza de nós toma
conta. As árvores, os banbuzais se curvam para a Grande Senhora
passar.
Iansã, majestosa Grande
Senhora, Rainha do Tempo e do Vento, pedimos a vossa proteção e, em vosso
louvor, em brados uníssonos saudamos: EPARRÊI IANSÃ!
Hábitat

Bambuzal

Sincretismo
Santa
Barbara
Vibração
Resoluções
Assuntos Relacionados
Problemas
sentimentais e violencia
Atuação
Vigor
Parte do Corpo
Problemas
genitais em ambos os sexos e tendencia para diabetes
Data
Comemorativa
04 de
Dezembro
Dia da Semana
Quartas
Feiras
Fase da Lua
Quinto dia
da Lua Cheia
Essências
Benjoim,
Pau-de-Aloes
Horários mais Favoráveis

das
9:00hs às 11:00hs - Perspicacia e inteligencia
das
21:00hs às 23:00hs - Obter energia sexual
Cores
Coral e
Branco
Pedras
Coral
vermelho, Quartzo rosa
Metal
Cobre
Flores
Rosas
Coral, ,
Banhos de
descarrego
Erva de
Iansa, folhas de bambu em agua fervente
Libação
Suco de
cereja, framboesa ou tamarino
Imantação
Feijao
fradinho, farinha de arroz, azeite-de-dende, acaraje.
Guias

Para os
filhos de Iansa


124 Contas
( Alternando 1 coral e 1 branca ).


Para os
filhos de outro Orixá


124 Contas
( Alternando 1 branca e 1 coral ).

IEMANJÁ
Iemanjá (do
ioruba yeye, mãe + eja, peixe), orixá feminino das águas,
especialmente do mar. Muito cultuada em todo o país, é também chamada Janaína,
Princesa de Auicá, Princesa do Aiocá, Sereia do Mar, Rainha do Mar, Senhora das
Águas. Associada à gestação e à procriação, é-lhe atribuida a condição de mãe da
grande maioria dos orixás, entre os quais Xangô, Iansã e Oxóssi. É
representada como uma senhora branca de seios grandes, com uma coroa franjada,
empunhando um leque com desenhos de peixes ou sereias. Aculturada com as sereias
de origem européia e as iaras ameríndias. Segundo o atual movimento negro
deveria ser negra, já que se trata de um orixá africano.
Características: sentimento
maternal, afabilidade e doçura; apego à hierarquia, retidão e alguma rigidez;
determinação, responsabilidade e força. Sincretismo: sincretizada com várias
Nossas Senhoras, é festejada em várias datas: em Salvador, a 2 de fevereiro (dia
de Nossa Senhora do Rosário, quando um grande cortejo de barcos parte do bairro
do Rio Vermelho e entra mar adentro lebando-lhe presentes). No Rio de Janeiro e
em diversas partes do litoral, é festejada no Ano-Novo e em Santos (SP), a 15 de
agosto e 31 de dezembro. Sua correspondente católica, nos candomblés, é Nossa
Senhora da Conceição, festejada no dia 8 de dezembro. Cores: o azul, o
rosa-claro e o azul-claro. Oferendas: peixes do mar, arroz, milho, camarão
com coco. Locais: mar e praia. Saudação: Odôia! Simbolismo: Abebé
(leque) de metal branco com um peixe ou em formato de peixe, concha, ondas,
peixes. Dia da semana: sábado.
Lendas
Yemanjá
I
Filha de Olokum, deusa do
mar, Iemanjá era casada com Olofim-Odudua com quem tinha dez filhos orixás. Por
amamentá-los, ficou com seios enormes. Impaciente e cansada de morar na cidede
de Ifé, ela saiu em rumo oeste, e conheceu o rei Okerê; logo se apaixonaram e
casaram-se. Envergonhada de seus seios, Iemanjá pediu ao esposo que nunca a
ridiculariza-se por isso. Ele concordou; porem, um dia, embriagou-se e começou a
gracejar sobre os enormes seios da esposa. Entristecida, Iemanjá
fugiu.
Desde menina, trazia numa garrafa uma poção, que
a mãe lhe dera para casos de perigo. Durante a fuga, Iemanjá caiu; quebrando a
garrafa; a poção transformou-a num rio cujo leito seguia em direção ao
mar.
Ante o ocorrido, Okerê, que não queria perder a
esposa, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas. Iemanjá
pediu ajuda ao filho Xangô, e este, com um raio, partiu a montanha no meio; o
rio seguiu para o oceano e, dessa forma, a orixá tornou-se a rainha do
mar.
II
Yemonjá, grande orixá das águas, era filha de
Olokun, o senhor dos oceanos. Era possuidora de um grande instinto maternal, que
fez dela mãe de dez filhos. Embora casada, não tinha grande apego por seu
marido. Às vezes, pensava em deixá-lo, mas ele era um homem muito importante e
poderoso, e não permitiria tal desonra. Yemonjá também pensava no bem-estar de
seus filhos, não podendo deixá-los desamparados.
Seu marido usava o poder com tirania, inclusive
com sua família, tornando a vida dela insuportável. Ela não agüentava mais se
submeter aos caprichos de um homem que ela desprezava.
Ela procurou seu pai para aconselhar-se sobre a
atitude que deveria tomar. No fundo, ela já estava decidida a fugir, mas
precisava de seu apoio. Olokun não a recriminou, pois ela era uma soberana e,
como tal, não poderia aceitar o jugo de ninguém. Ele, então, deu à sua filha uma
cabaça com encantamentos, para que ela usasse quando estivesse em
perigo.
Yemonjá colocou seu plano em prática, fugindo com
todos os seus filhos.
Quando ela já estava bem longe de sua aldeia, viu
que estava sendo perseguida pelo exército de seu marido. Pensou em enfrentá-los,
mas eles eram muitos e seria uma luta desleal. Yemonjá odeia os confrontos, pela
destruição que causam, já que é um orixá propagador de vida.
Quando se sentiu acuada, resolveu abrir a cabaça
e pedir socorro ao seu pai. Do seu interior escoou um líquido escuro, que, ao
tocar o chão, imediatamente formou um rio, que corria em direção ao
oceano.
Foi nessas águas que Yemonjá e seu povo
encontraram um caminho para a liberdade.
III
Yemoja, deusa das águas rasas do mar; filha de
Olokun, a deusa do oceano e de Oduduwa, o deus terra; é conhecida como a mãe das
mamas chorosas, porque de seus seios rompidos nasceram todos rios e riachos,
todos cursos d'água, pequenos e grandes, sobre a face da Terra
Seu nome é Yeye Omo Eja, a mãe que tem filhos
peixes.
Esposa do rei Okere, de Saki, uma província perto
de Abeokuta, fez com ele um pacto: ele nunca falaria que ela tinha seios
imensos, pois havia amamentado muitos filhos, e ela não reclamaria do seu hábito
de abusar do emu, vinho de palma.
Tendo o rei Okere uma noite bebido mais do que
devia, ao chegar em casa totalmente bêbado não viu que ela dormia perto da porta
e tropeçou em seu corpo. Yemoja acordou assustada, e começou a recriminá-lo. O
rei Okere ficou muito bravo, atordoado, e ofendeu-a rindo de seus seios enormes,
compridos e trêmulos.
Yemoja tinha consigo uma cabaça muito antiga,
ganha de sua mãe Olokun por ocasião de seu primeiro casamento com o rei Olofin
de Ife, também conhecido como o filho de Oduduwa, com o qual tivera dez filhos.
Desesperada ao ouvir falar de seus seios, agarrou a cabaça, e correu para fora
de casa, pretendendo fugir de seu marido. Tropeçou e a cabaça caiu no chão e se
rompeu. Formou-se um rio que começou a correr para o mar. E o rio, correndo
sempre, levava Yemoja em suas águas, para os braços de sua mãe Olokun. O rei
Okere, vendo o rio levar sua esposa para longe dele, procurou um Bàbáláwo,
consultou o Ifa e fez um grande ebo. O rio, então, parou de correr para o mar, e
começou a levar Yemoja de volta a Saki. Ela gritou por Sàngó, seu filho mais
poderoso, e um raio caiu, fendendo uma grande montanha, que bloqueou o caminho
do rio. Olokun chamava sua filha para o oceano usando toda sua magia. O rei
Okere fez muitos ebo para que sua mulher voltasse para ele. E o rio ia e vinha,
para o mar e para a terra, com Yemoja em seu bojo. Em certo ponto, quando o rio
e mar se encontraram, as forças mágicas de Okere e Olokun se igualaram, e Yemoja
ali ficou.
Ela é o Òrìsà do rio Ogún, na Nigéria, e também é
o grande delta, o ponto de encontro do rio com o mar. É nessas águas revoltas,
doces e salgadas, que vive Yemoja. Ela é a junção do rio e do mar, o Òrìsà das
águas rasas do mar. É também a protetora das famílias, aquela que mantém juntos
os casais e seus filhos, e faz com que vivam em paz.
IV
Iemanjá seria filha de Olóòkun, deus (em Benin)
ou deusa (em Ifé) do mar. Numa história de Ifá, ela aparece "casada pela
primeira vez comOrunmilá, senhor das adivinhações, depois com Olofin, rei de
Ifé,...Iemanjá, cansada de sua permanência em Ifé, foge mais tarde em direção ao
Oeste. Outrora, Olóòkun lhe havia dado, por medida de precaução, uma garrafa
contendo um preparado, pois "não se sabe jamais o que pode acontecer amanhã",
com a recomendação de quebrá-la no chão em caso de extremo perigo. E assim,
Iemanjá foi instalar-se no "Entardecer-da-Terra", o Oeste. Olofin-Odùduà, rei de
Ifé, lançou seu exército à procura de sua mulher. Cercada, Iemanjá, em vez de se
deixar prender e ser conduzida de volta a Ifé, quebrou a garrafa, segundo as
instruções recebidas. Um rio criou-se na mesma hora, levando-a para Okun, o
oceano, lugar de residência de Olóòkun (Olokum).
V
Iemanjá tem diversos nomes, relativos, como no
caso de Oxum, aos diferentes lugares profundos(ibù) do rio. Ela é representada
nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, símbolo de
maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios mais que
majestosos - ou somente um deles, segundo outra lenda - foi origem de
desentendimentos com seu marido, embora ela já o houvesse honestamente prevenido
antes do casamento que não toleraria a mínima alusão desagradável ou irônica a
esse respeito. Tudo ia muito bem e o casal vivia feliz. Uma noite, porém, o
marido havia se embriagado com vinho de palma e, não mais podendo controlar as
suas palavras, fez comentários sobre seu seio volumoso. Tomada de cólera,
Iemanjá bateu com o pé no chão e transformou-se num rio a fim de voltar para
Olóòdun, como na lenda precedente.
VI
Quando Obatalá e Odudua se
casaram, tiveram dois filhos: Iemanjá ( o mar ) e Aganju ( a terra ). Os irmãos
se casaram e tiveram um filho, Orungã ( o ar ). Quando cresceu, Orungã se
apaixonou pela mãe. Um dia, aproveitando a ausência do pai, tentou violentá-la.
Iemanjá conseguiu escapar e fugiu pelos campos. Quando Orungã já a alcançava,
ela caiu ao chão e morreu. Então seu corpo começou a crescer até que seus seios
se romperam e deles saíram dois grandes rios, que formaram os mares; e do ventre
saíram os Orixás que governam as 16 direcões do mundo: Exu, Ogum, Xangô, Iansã,
Ossain, Oxossi, Obá, Oxum, Dadá, Olocum, Oloxá, Okô, Okê, Ajê Xalugá, Orum e
Oxu.
VII
Iemanjá teve muitos problemas com os filhos.
Ossain, o mago, saiu de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as
plantas. Contra os conselhos da mãe, Oxossi bebeu uma poção dada por Ossain e,
enfeitiçado, foi viver com ele no mato. Passado o efeito da poção, ele voltou
para casa mas Iemanjá, irritada, expulsou-o. Então Ogum a censurou por tratar
mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com os três filhos, Iemanjá
chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu para o
mar.
VIII
Iemanjá foi casada com Okere. Como o marido a
maltratava, ela resolveu fugir para a casa do pai Olokum. Okere mandou um
exército atrás dela mas, quando estava sendo alcançada, Iemanjá se transformou
num rio para correr mais depressa. Mais adiante, Okere a alcançou e pediu que
voltasse; como Iemanjá não atendeu, ele se transformou numa montanha, barrando
sua passagem. Então Iemanjá pediu ajuda a Xangô; o Orixá do fogo juntou muitas
nuvens e, com um raio, provocou uma grande chuva, que encheu o rio; com outro
raio, partiu a montanha em duas e Iemanjá pôde correr para o
mar.
IX
Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e
tomou-a à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente
Iemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe.
Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "caiu no mundo" desaparecendo no
horizonte. Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena
que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum.
E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo dando
origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos
orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos
outros na corte.
X
Ela é representada
nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, símbolo de
maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios mais que
majestosos - ou somente um deles, segundo outra lenda - foi origem de
desentendimentos com seu marido, embora ela já o houvesse honestamente prevenido
antes do casamento que não toleraria a mínima alusão desagradável ou irônica a
esse respeito. Tudo ia muito bem e o casal vivia feliz. Uma noite, porém, o
marido havia se embriagado com vinho de palma e, não mais podendo controlar as
suas palavras, fez comentários sobre seu seio volumoso. Tomada de cólera,
Iemanjá bateu com o pé no chão e transformou-se num rio a fim de voltar para
Olóòdun
XI
Olodumare vivia só
no Infinito, cercado apenas de fogo, chamas e vapores, onde quase nem podia
caminhar.
Cansado desse seu universo
tenebroso, cansado de não ter com quem falar, cansado de não ter com quem
brigar, decidiu por fim àquela situação.
Libertou as suas forças e
a violência delas fez jorrar uma tormenta de águas.
As águas debateram-se com
rochas que nasciam e abriram no chão profundas e grandes cavidades.
A água encheu as fendas
ocas, fazendo-se os mares e oceanos, em cujas profundezas Olocum foi
habitar.
Do que sobrou da inundação
se fez a terra.
Na superfície do mar,
junto à terra, ali tomou seu reino Iemanjá, com suas algas e estrelas-do-mar,
peixes, corais, conchas, madrepérolas.
Ali nasceu Iemanjá em
prata e azul, coroada pelo arco-íris Oxumarê.
Olodumare e Iemanjá, a mãe
dos orixás, dominaram uma parte do fogo no fundo da Terra e o entregaram ao
poder de Aganju, o mestre dos vulcões, por onde ainda respira o fogo
aprisionado.
A outra porção do fogo
eles apagaram e suas cinzas se espalharam pela Terra pelas mãos de Orixá-Okô,
fertilizando os campos, propiciando o nascimento das ervas, frutos, árvores,
bosques, florestas, que então foram cuidadas por Ossaim, que descobriu o poder
curativo de todas as folhas.
Nos lugares onde as cinzas
foram escassas, nasceram os pântanos e nos pântanos, a peste, dada pela mãe dos
orixás ao filho Omulu.
Iemanjá encantou-se com a
Terra e a enfeitou com rios, cascatas e lagoas.
Assim surgiu Oxum, dona
das águas doces.
Quando tudo estava feito,
cada natureza na posse de um dos filhos de Iemanjá, Obatalá, respondendo
diretamente às ordens de Olorum, criou o ser humano.
E o ser humano povoou a
Terra.
XII
Yemanjá leva Oshalá à
loucura
Olodumare fez o mundo e
repartiu entre os orixás os vários poderes, dando a cada um um reino para
cuidar.
A Eshu deu o poder da
comunicação e a posse das encruzilhadas. A Ogun o poder de forjar os utensílios
para a agricultura e o domínio de todos os caminhos. A Oxóssi o poder sobre a
caça e a fartura. A Obaluaiyê o poder de controlar as doenças de pele. Oxumaré
seria o arco-íris, embelezaria a terra e comandaria a chuva, trazendo sorte aos
agricultores. Xangô recebeu o poder da justiça e sobre os trovões. Oyá reinaria
sobre os mortos e teria poder sobre os raios. Ewá controlaria a subida dos
mortos para o orun, bem como reinaria sobre os cemitérios. Oxum seria a
divindade da beleza, da fertilidade das mulheres e de todas as riquezas
materiais da terra, bem como teria o poder de reinar sobre os sentimentos de
amor e ódio. Nanã recebeu a dádiva, por sua idade avançada, de ser a pura
sabedoria dos mais velhos, além de ser o final de todos os mortais; nas
profundezas de sua terra, os corpos dos mortos seriam recebidos. Além disso do
seu reino sairia a lama da qual Oshalá modelaria os mortais, pois Odudua já
havia criado o mundo. Todo o processo de criação terminou com o poder de
Oxaguiãn que inventou a cultura material.
Para Yemanjá, Olodumaré
destinou os cuidados da casa de Oshalá, assim como a criação dos filhos e de
todos os afazeres domésticos.
Yemanjá trabalhava e
reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses
recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.
Durante muito tempo
Yemanjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Oshalá, que este
enlouqueceu. O ori (cabeça) de Oshalá não suportou as reclamações de
Yemanjá.
Oshalá enfermo, Yemanjá
deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias, utilizando-se de ori
(banha vegetal), de omi-tutu (água fresca), de obí (fruta conhecida como
nóz-de-cola), eyelé-funfun (pombos brancos) e esò (frutas) deliciosas e doces,
curou Oshalá.
Oshalá agradecido foi a
Olodumaré pedir para que deixasse a Yemanjá o poder de cuidar de todas as
cabeças. Desde então Yemanjá recebe oferendas e é homenageada quando se faz o
bori (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça
(ori)
XIII
Patakí
sobre porque Yemanjá é a mãe dos Orixás
Yemanjá não
encontrava com quem casar-se, mas um dia Odúdua decidiu casar-se com ela e dessa
união nasceu um menino chamado Orungan. Um dia Orungan tratou de seduzir a sua
mãe e esta correndo espavorida, enquanto este insistia. Já exausta, Yemanjá caiu
no chão e do seu corpo começaram a brotar jorros de água formando um grande lago
e dali surgiram as divindades seguintes: Olosa (divindade dos lagos), Olokun
(divindade do fundo dos mares), Dadá (divindade dos vegetais), Xangô (divindade
do fogo, do raio e do trovão), Oshún (divindade dos rios), Oyá (divindade das
tempestades), Obá (divindade do comércio), Oricha-Oko (divindade da
agricultura), Oxóssi (divindade da caça), Oke (divindade das montanhas), Ajé
Xalugá (divindade das riquezas), Obalúayé (divindade das doenças) e Orun
(divindade do sol).
XIV
Yemanjá Assessu
Orishá Mãe dos dois
mundos, este mundo dos vivos e o mundo dos mortos em geral.
Sua missão, como Mãe, é
velar pelos vivos e mortos como ninguém melhor que Ela pode fazer.
Conhecedora das misérias
humanas, é Ela a que tem a compaixão infinita que nos ajuda nos nossos
pesares.Ela é a verdadeira dona do diloggun, método de comunicação com as
Divindades e Deus, mas neste caminho por meio do qual Ela alcança que os mortos
se comuniquem por meio dos búzios com este mundo.
Yemanjá Asesu, que sendo
Mãe e Rainha deixa seus vestidos de gala para cobrir-se com o pó e a sujidade da
terra onde estão depositadas todas as vergonhas, penas e misérias deste e do
outro mundo; mas apesar disto, conhecemo-la como a que flutua sobre as águas
para ser a advogada e mediadora entre Deus e os homens vivos e mortos.Seu
apronte leva babosas e areia do mar e do rio, sobretudo da areia mais escura da
praia. Deusa muito trabalhadora, recebe de madrugada entre a penumbra da noite e
a primeira claridade.
Leva entre as suas
ferramentas um caracol de mar tipo babosa, que come sempre com ela. Sua taça ou
sopeira fica assentada num tabuleiro de madeira com areia do mar e rio e a
caveira da primeira cabra que comeu. Sua coroa adorna-se com 7 penas de
pato.
Protectora incondicional
de seus filhos que levam um búzio ou caracol para sua invocação e pedido de
protecção.Quando Yemanjá se viu violada por seu filho Ogun e foram
descobertos por Obatalá, Ela, na sua dor, quis esconder-se dos olhares de seus
filhos e de seu marido, enterrando-se no mais profundo da terra, lugar onde
manchou a sua vestimenta e foi ai que ouviu a voz de Orunmilá que lhe pediu para
Ela regressar ao mundo já que a sua missão era ser a Sagrada Mãe do Mundo. Ela,
ao conhecer assim o pior deste mundo, regressa à terra para ocupar seu lugar sem
rancor, com perdão para todos e com o amor mais puro que pode existir neste e no
outro mundo: o amor de uma Mãe.Protectora incondicional das mães que se
acolhem a Ela para pedir solução para os vícios e problemas de seus filhos,
nunca ignora a súplica de uma velha mãe e é ela quem as acolhe no seu seio
quando partem.
Seus filhos a invocam
dizendo: Ayuba Iya mo Aye.
Seu colar leva contas
brancas e azul pálido ou azul claro e como adornos leva pequenos caracóis ou
búzios.
Homenagem a
Iemanjá
Era o fim de uma tarde
de verão. O céu estava claro e o Sol enviava seus últimos raios, banhando as
águas límpidas e mornas; na areia, agora coberta de sombras, encontrava-se o
repouso convidativo; no ar sentia-se o aroma da natureza.

Na praia semideserta,
um homem vestido de branco, descalço, caminhava a passos lentos, porém firmes.
Notava-se a seriedade que o envolvia, o olhar fixo nas águas do mar, como se
algo estivesse buscando.
De repente parou e retirou
do pescoço uma guia, na qual as cores azul e branca se alternavam; fazendo uma
ligeira reverência, caminhou para o mar, com a água lhe chegando até a
cintura.
Olhando para o céu, já
agora não tão claro quanto antes, permanecia imóvel, dando a perceber que seus
pensamentos estavam voltados para o astral; curvouse lentamente e deixou que a
guia fosse envolvida pela espuma branca.
Nesse, momento sentiu um
tremor, todo seu corpo vibrou, como se um raio o tivesse atingido.
As águas tornaram-se
revoltas, cânticos dos mais suaves começaram a ser entoados, odores
agradabilíssimos inundaram o ambiente; e eis que surge sobre as ondas uma figura
onipotente:yemanjá, Rainha do Mar !
A emoção tomou conta do
filho; suas preces haviam sido atendidas e, por mais que quisesse dizer alguma
coisa, não consegui falar. Apenas, com muita dificuldade, entre os lábios
trêmulos, murmuro:"Minha mãe!"
Momentos depois, quando
voltou a si, encontrava-se deitado na areia, com a guia em torno do
pescoço.
Levantando-se, pôs-se a
caminhar e, no silêncio daquela praia , tinha um só pensamento:
´´Eu vi a Rainha do Mar!
Eu vi Mamãe Iemanjá!``.
Hábitat

Calunga
Grande

Sincretismo
Nossa Senhora
da Glória
Vibração
Inspirações
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Problemas
Familiares
Atuação
Calma
Parte do Corpo
Psiquismo e
Sistema Nervoso
Data
Comemorativa
15 de
Agosto
Dia da Semana
Sextas
Feiras
Fase da Lua
Segundo dia da
Lua Crescente
Essências
Jasmim,
Nardo
Horários mais Favoráveis

das 4:00hs
às 6:00hs - Saúde, Energia e Calma


das 16:00hs
às 18:00hs - Insp. poética e Romântica

Cores
Branco e
Azul-claro
Pedras
Água-marinha,
Lápis-lazúli ( Azul e amarela)
Metal
Platina
Flores
Rosas Brancas,
Palmas, Angélicas, Orquídeas, Crisântemos Brancos
Banhos de
descarrego
Rosa Branca,
Flor de Laranjeira, Angélica, Orquídeas.
Libação
Champagne,
Suco de uvas moscatel, Leite de Coco, Suco de Caju
Imantação
Manjar branco
preparado com leite de coco, melão d'agua, sagu com leite de coco, tapioca,
melão espanhol, pomelo, aveia seca, uvas brancas
Guias

Para os
filhos de Iemanjá


115 Contas (
Alternando 1 branca e 1 Azul ).


Para os
filhos de outro Orixá


120 Contas (
Alternando 3 Brancas e 3 Azuis ).

LOGUN EDÉ
Apesar de não ser
um Orixá tão conhecido no Brasil, é bem cultuado na região da Bahia, e também no
Rio de Janeiro, onde tem muitos filhos de Santo. Mas seu culto encontra-se em
plena expansão. Erinlè (confundido no Brasil com Oxóssi) teria tido com
Oxum, um filho chamado Lógunède (Logunedé). Assim, Logunedé é metade Oxóssi e
metade Oxum. Ele é seis meses masculino-Oxóssi, vivendo sobre a terra e comendo
caça, e seis meses feminino-Oxum, vivendo sob as águas e comendo peixe.
Características: Sintetizando os
tipos ligados a Oxóssi e a Oxum. Portanto contraditórios, gênio imprevisível,
por vezes falante, por vezes solitário. Possuem elegância, vaidade e altivez.
Sincretismo: São Miguel Arcanjo. Na Bahia é sincretizado com Santo Expedito.
Cores: Amarelo ouro e azul claro alternados. Oferendas: feijão fradinho,
milho, cebola, camarão, inhame, ovo, coco, mel, dendê. Locais: mata, fauna,
flora, rios, cachoeiras. Saudação: Lôsi Lôsi Arô. Simbolismo: Cavalo
marinho. Dia da semana: quinta-feira.
NANÃ
Orixá feminino do fundo das águas de lago ou mar, do lodo
e da lama, e da velhice. Também chamada Nanã Burucu e Anemburoquê,
popularizou-se a partir do início do séc. XX. É o mais velho orixá feminino; mãe
de todos os orixás, para alguns, ou apenas de Obaluaê e Oxumaré, em alguns mitos
é esposa de Oxalá e está ligada à criação do mundo. É apelidada "Vovó" e,
quando se incorpora, dança vagarosamente.
Características: calma,
benevolência e gentileza, principalmente com as crianças. Sincretismo:
Sant'Ana. Cores: branco e azul-claro no Candomblé e roxo na Umbanda.
Oferendas: alimentos brancos: milho branco, inhame, arroz, etc. Locais:
cachoeira. Saudação: Saluba Salu si. Simbolismo: Ibirin feito compalha
da costa e búzios (vassoura de Nanã). Dia da semana: Na Umbanda é
terça-feira e no Candomblé é no sábado.
Homenagem a Nanã
Tão solitária, triste e
sem saber para onde ir, aquela que um dia foi jovem, alegre e cheia de
esperanças em um novo porvir, senta-se e espera os dias passarem na calçada erma
da entrada do Reino da Paz.
De meia-idade, mas com o
rosto sulcado pelas agruras do tempo, nem do frio vento ouve o lamento, pois
mais fortes são os seus; mas destes se fez companheira
inseparável.
No fundo do seu eu,
entretanto, não morrera a esperança e, na mais doce surpresa, percebe na alameda
de ciprestes sussurrantes uma serena dama, cuja imagem reflete bondade, tirando
a ansiedade de todos que por ela passam.
Em sua mão traz um
livro, no qual estão registrados tesouros de inigualáveis sabedorias. Chega
então perto da desuludida mulher e, com voz doce mas confiante, pergunta-lhe:
"Por que tanta indiferença?"
Esta, diante de tanta
bondade, pede súplice que não a desampare.
Nanã responde-lhe então:
"Como poderei, se sou a promessa do bem, a luz das trevas, daqueles que não
sabem por onde andar?"
"Então, dá-me amor, pois
bato à porta de uma nova morada, onde venho dar meu devotamento e pedir meu
perdão; querida Mãe, compadece-te de mim!"
Então, atendendo aos
pedidos de mais uma filha, Nanã estende-lhe as duas mãos, erquendo-a e
dizendo-lhe: "Vem comigo, que te levarei ao mais tranquilo dos refúgios, pois
estarás seguindo pelo caminho da grandezan espiritual."

Hábitat

Calunga
Pequena

Sincretismo
Santa
Ana
Vibração
Soluções
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Batalhas e
Demandas
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Articulações,
Intestinos, hemorróidas
Data
Comemorativa
26 de
Julho
Dia da Semana
Segundas
Feiras
Fase da Lua
Quarto dia da
Lua Crescente
Essências
Limão, Narciso,
Flor-da-Noite
Horários mais Favoráveis

das 2:00hs
às 4:00hs - Sol. de Problemas de Saúde


das 19:00hs
às 21:00hs - Cirurgias em Geral

Cores
Preto e
Roxo
Pedras
Ametista e
Feldspato
Metal
Ouro Branco,
Níquel
Flores
Rosas
Vermelho-escuras, Dálias Vermelho-escuras,
Banhos de
descarrego
Cipreste
Verde, Folhas de Beringela
Libação
Suco de Uvas
Rosadas
Imantação
Berinjela,
Inhame
Guias

Para os
filhos de Nanã


128 Contas (
Alternando 1 roxa e 1 preta ).


Para os
filhos de outro Orixá


120 Contas (
Alternando 3 roxas e 3 preta3 ).


OBÁ
Senhora das ilhas e penínsulas e orixá que zela pelo amor.
Deusa do Rio Obá. Guerreira, veste vermelho e branco, usa escudo e lança. Na
dança briga com Oxum que, com artifícios, a induziu a cortar uma das orelhas
para usá-la na comida de Xangô e com isso manter seu amor. Obá descobriu-se
enganada, e foi repudiada por Xangô.
Características: honestidade e
elevado senso moral. Guerreiros por natureza. Simples, ingênuos e crédulos. Não
cultiva amigos por os acharem interesseiros. Sincretismo: Nossa Senhora das
Neves, Nossa Senhora do Mont Serrat e Santa Joana D'Arc. Cores: vermelho,
branco, amarelo, marfim, rosa, coral. Oferendas: acarajé, feijão fradinho,
amalá e caruru. Locais: em penínsulas, águas agitadas nos rios.
Saudação: Exó. Simbolismo: escudo e a espada. Dia da semana:
quarta-feira
OGUM
Orixá masculino do ferro e da guerra e, por extensão, das
competições. É um dos orixás mais conhecidos e cultuados no Brasil.
Filho de Iemanjá, é irmão de Exu, com o qual se assemelha pela agressividade
e beligerância. Conquistador e volúvel, ligou-se a vários orixás femininos,
entre as quais Iansã, que o trocou por Xangô. Seu símbolo é uma espada
prateada, e seu amuleto (ou fetiche) é uma penca de 14 ou 21 instrumentos de
ferro. Quando se incorpora, dança brandindo a espada, como em combate.

Características: impetuosidade,
autoritarismo, coragem, retidão e gosto pelas viagens e consquistas.
Sincretismo: identificado com São Jorge (São Paulo e Rio de Janeiro) e Santo
Antonio (Bahia). Cores: no candomblé sua cor é o azul-escuro, às vezes com o
branco, e, na umbanda, vermelho e branco. Conta: contas de louça azul escuro
ou verde com riscos azuis. Oferendas: cravos e rosas vermelhas, feijão-preto
ou feijoada, acarajé, inhame assado, vela azul-marinho. Locais: na orla das
matas, nas proximidades de ruas encruzilhadas, estradas e caminhos de terra.
Saudação: Ogunhê! Simbolismo: espada de ferro, lança, torquês, ponta de
flecha, facão, enxada, enxó. Dia da semana: quinta-feira para alguns e
terça-feira para outros.
Ogum: deus nagô da guerra,
Ogundelê.
AS 7 FALANGES DE
OGUM
Ogum Beira-Mar (oferenda à beira-mar)
Ogum Rompe-Mato (oferenda na entrada da mata)
Ogum Megê (oferenda no lado direito do cemitério)
Ogum Naruê (oferenda no lado esquerdo do cemitério)
Ogum Matinata (oferenda no sopé de morro)
Ogum Yara (oferenda na margem de rio)
Ogum Delê (oferenda na água do mar)